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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

3 coisas que mudaram (pra melhor) minha vida recente

Todos os dias, diferentes hábitos, ferramentas, objetos, técnicas etc. impactam nossa vida em maior ou menor grau. Mas alguns deles realmente fazem toda a diferença.

Pra mim, três "descobertas" recentes foram muito significativas.
Uma tem a ver com meu doutorado. As outras duas têm a ver com o sono da Inaê (e o meu), um assunto tão importante pra mim que vou voltar a falar disso depois.

1 - Dropbox
Ferramenta gratuita de compartilhamento de arquivos, que ficam armazenados na "nuvem" e nos computadores que você escolher. Disponível pra baixar aqui.

Por que mudou minha vida?

Pense numa doutoranda tendo que fazer backups periódicos pra não correr o risco de perder o trabalho diário, seja enviando por email, seja gravando em pen-drives ou discos externos. Agora pense no tempo que isso exige e que poderia ser utilizado pro trabalho em si ou pra outras coisas mais interessantes. E pense também no trabalhão de ter que atualizar as últimas versões de arquivo toda vez que se trabalha em um computador diferente, com o risco de perder algo...

Bom, agora tudo isso acabou! Não leva nem 10 segundos pra atualizar tudo que tenha sido atualizado dentro da minha pasta "Tese" (com seus zilhões e zilhões de subpastas) em qualquer dos nossos 3 computadores, cada vez que são ligados. É mágico! ; )

2 - Barulho estático
Ao contrário do que se pensa, bebês (e muitos adultos) podem acordar mais fácil se tudo estiver em silêncio absoluto. Uma das explicações pra isso é que o mundo uterino não tem nada de silencioso, muito pelo contrário: um eterno barulho de fluidos e fluxos constantes: pulmões respirando, coração pulsando etc. É por isso que o som tipo "ssshhhhh" é um ruído que acalma tanto o bebê. Muitas mães e pais fazem naturalmente o "sssshhhhh" quando estão embalando o bebê, principalmente se for recém-nascido. O "ssssshhhh" imita um chiado ou um barulho estático. Outros exemplos de barulho estático: rádio fora da estação, ventilador ligado, chuva contínua, ondas do mar...
Quando eu estava entendendo melhor o lance todo do sono dos bebês, eu descobri que o barulho estático poderia ajudar minha filha a esticar suas sonecas, pois às vezes pequenos (ou grandes) ruídos vindos da casa ou da rua lá fora a acordavam.
O primeiro que eu usei foi do site SimplyNoise (tem três opções do mais grave ao mais agudo, e pode escolher se quer som contínuo ou oscilando tipo onda do mar).
Atualmente, uso barulho de chuva, que fica tocando a noite inteira no rádio no quarto dela. O arquivo que eu uso é o "Rainshowers", obtido em uma coletânea de 10 CDs de sons da natureza que baixei aqui, mas também está disponível aqui. Não tem trovões fortões nem pinguinhos fraquinhos, é só barulho de chuva contínua.
E quem não adora dormir com um barulhinho de chuva caindo?

Por que mudou minha vida?

Sonecas mais longas de dia (pelo menos 1h de soneca, em geral quase 2hs, muitas vezes até 3hs ou mais!) e sono contínuo de cerca de 12-14 hs à noite. Ao todo, Inaê dorme cerca de 15-17 horas a cada 24 hs, o que está excelente pra necessidade de sono de um bebê da idade dela.

Já aconteceu dela estar dormindo e o danado de curioso do gato Bento derrubar algo no banheiro fazendo um barulhão, até eu tomei um bruta susto lá na sala. O tipo de barulho que acordaria qualquer um - mas nunca a Inaê... graças ao barulho estático! ; ) ; )


3 - Colchão no chão
O berço até que funcionou nos primeiros meses, mas desde que ela começou a se virar lá pelos 4 meses e eu tive que baixar a altura do berço, fiquei extremamente infeliz. Pra mim, ficou parecendo uma espécie de prisão, sem contar que não conseguia mais enxergá-la lá dentro da porta, tinha que chegar junto!
E ela chegava a se virar 90 graus ou mais dormindo, aí a cabeça ia ficando espremida nas laterais do berço (menos mal que existiam os tais protetores acolchoados).
Por algumas semanas, em vez de colocar no berço, passei a fazer uma grande cama no chão, forrando com sacos de dormir. Fiquei nesse arranjo mambembe por mais um pouco até me render aos fatos: a solução seria colocar um grande colchão no chão, em que ela ficasse à vontade e segura, e eu pudesse ter mais comodidade e conforto para amamentá-la e fazê-la dormir. Ela tinha pouco menos de 6 meses.

Por que mudou minha vida?

Gente, afirmo sem medo de exagerar que esta foi uma das decisões mais acertadas da minha vida de maternagem!
Ficou tudo tão infinitamente mais fácil que nem consigo me lembrar direito como era antes. Me lembro vagamente de ficar sentada na cadeira de balanço esperando o bebê dormir, tudo perfeito, mas aí era só fazer a transferência pro berço que, mesmo com todo o cuidado e lentidão do mundo, ela despertava... Qual mãe já não passou por isso?
Acontece que agora ela adormece, às vezes mamando, na maioria das vezes virando pro lado com seus dedinhos na boca, apenas com a mãozinha me apertando. Eu tenho que ficar deitada junto até ela pegar no sono mais profundo, mas depois disso é só eu me virar de mansinho e levantar do colchão... simples assim!
Sem contar que é muito mais seguro, pois não tem como cair, já está no chão. E, desde os 6 meses, a vida do bebê passa definitivamente a ser muito no chão, então preparar um ambiente adequado no chão é a melhor coisa que pode acontecer pra ele, nesta fase lagartinho!
Além disso, para mim, ficou infinitamente mais confortável: muitas vezes eu acabo relaxando tanto que cochilo ou até durmo uma soneca inteira com ela! (Amamentar deitada é uma das melhores coisas que uma mãe pode aprender, recomendo a qualquer uma que adote desde o começo essa posição, e gosto tanto que ainda vou falar disso de novo!)
Conclusão: hoje em dia, penso que, se tiver mais filhos, vou considerar seriamente nem ter berço, e já passar direto do cestinho ou carrinho ao lado da minha cama pro colchão no chão! ; ); ); )

3 comentários:

  1. Ah, essa do barulhinho também funciona aqui em casa! Minha pequena dorme que é uma beleza e pode cair o mundo lá fora que ela não acorda!
    Santo barulhinho bom!!!
    :)

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  2. A do barulhinho eu não sabia! Teria sido útil, intuo.

    O colchão no chão fui adepta. Como ogra que sou comecei instintivamente serrando as patas do berço do primeiro filho sob o olhar perplexo do pai.

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  3. Menina, tô aqui lendo seu blog, que legal, aliviou minha tarde ler sobre o nenê não sair do peito! O Francisco tá assim e eu fico ainda muito dividida em como devo mostrar a ele devagarinho que o mundo fora do peito pode ser legal tb, tudo isso porque não quero fazer uma transição drástica qd voltar a trabalhar. como ele ainda tem só 40 dias, acho que poso ainda curtir ele no peito direto... mas confesso que qd ele fica chorando muitoooo enquanto faço as coisas basicas - comer, tomar banho, escovar o dente etc - e eu fico aflita, torcendo para ele relaxar... Obrigada por seu relato!

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