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quinta-feira, 25 de março de 2021

Badu eterna, Badu presente!

(Escrevi esse texto há 2 meses mas só agora vim aqui postar):

Nossa gatinha Badu descansou no último dia 22 de janeiro, dois dias depois de fazer 12 anos e meio. Morreu dormindo ao pé da árvore onde gostava de ficar.

Ela tinha muitos cantos preferidos aqui na terra, pra onde a trouxemos (apesar de não gostarmos da ideia de gatos aqui em área de preservação), porém tivemos que fazer isso quando ficou claro que a pandemia não seria de 3 meses, mas sim de uns 3 anos.

Então ela partiu em paz, ao lado da família que a amava.

Na noite anterior, estava deitada no colo do Angel na rede (igual nesta foto com Rudá - a última que temos dela).

Na manhã seguinte começamos a dar falta, e no início da tarde a encontramos, bem perto de nós.

Foi incrível, porque no momento em que a avistei, todas as três crianças estavam em casa, eles que nesse horário costumam estar em algum canto da terra com os amigos, no parquinho, no rio, nesse dia estavam ali.

Uma passagem digna, tranquila, uma despedida com amor. Mas como dói.

Sua presença parece nos acompanhar em cada um daqueles cantos preferidos: observando lá do alto, estirada nos degraus da escada ou no telhado ou na árvore...

Afinal, foram quase 13 anos dessa presença mansa, ativa, carinhosa, sociável, constante.

"Gata preta, gata da meia-noite, gata de um alquimista"... eu lhe dizia emulando minha escritora preferida Doris Lessing ao adular sua gata preta como no relato em Particularly Cats.

Apesar de saber que Badu já era velhinha (os gatos da minha mãe nunca passaram de 10 anos), com o tempo devo ter me auto-convencido que ela era mesmo uma espécie de gata highlander, com algo de imortal.

Mas imortal ela será, eterna na nossa memória familiar, porque ao longo de tantos e tantos anos, foram muitos momentos memoráveis de uma gatinha que era sem igual.

Badu era única, a relação que ela tinha com as crianças era única, literalmente viu nascer cada um deles... Lembro dela no parto da Gaia no meu ombro, miando e miando em solidariedade no momento expulsivo final. Pra ela, eram os seus três "humaninhos".

 

 Muito difícil saber que não vamos mais segurar aquela gata preta magrela, magríssima nos últimos tempos, mas ainda tão ativa até quase o fim, e sempre tão deliciosamente mansa e amorosa. Porém fico grata e me sinto honrada por termos sido sua família, e feliz por termos podido nos despedir com os últimos meses passados em natureza, junto com ela.

Badu já existia em nossas vidas quando esse blog começou. Ele começou, aliás, como um memorial para seu irmão gẽmeo, nosso gatinho Miró. Os dois vieram morar conosco quando tinham 3 meses e eu passava por um período difícil, após perder um bebẽ com quase 17 semanas de gestação. Jamais poderei expressar o quanto meus filhos felinos me fizeram bem, com sua sabedoria felina e amor ancestral.

O blog começou quando perdemos Miró, em dezembro de 2008. Ele tinha pouco menos de 5 meses. Mas sua irmã Badu seguiu e viveu conosco por mais de 12 longos e gloriosos anos, em que nossa família cresceu, se fortaleceu e se enraizou no cerrado, e do cerrado pro mundo.

Ao longo desses anos quem entrasse aqui via esse contador de idade:

Agora a contagem parou na vida terrena, mas Badu seguirá pra sempre, desde o primeiro post e para sempre nessas memórias.

Badu eterna, Badu presente!

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Festa para pessoinhas musicais

SIM!!!! Nós amamos Palavra Cantada, já falei disso aqui antes.

Por isso, quando a Fabitcha sugeriu esse tema pra celebrar o primeiro aninho da Gaia junto com os três aninhos da amiga e prima de coração Maia, eu fui pesquisando e me encantando de novo e mais.


(Aliás, parêntese: taí uma coisa que fiquei devendo, que são postagens sobre as festas nesguinhas que já tivemos o prazer de produzir, sempre com o espírito "faça você mesmo", muita disposição, criatividade, tesoura, cola e papel colorido!

A Inaê já fez 8 anos e o Rudá 5, só juntando tudo isso já dá mais de uma dezena de experiências que contaram com muita inspiração e depois trabalho de execução... já teve castelo, cozinha de bruxa, elementos da natureza, barco de pirata...

Um dia conto mais dessas histórias de festa por aqui, se conseguir - já que no registro fotográfico em geral acabo ficando a desejar).

Mas hoje fico aqui com um registro de mais uma pessoinha musical, provando que esse tema de Palavra Cantada foi mesmo ideal para a Gaia (e pra toda a família!)
(Aliás, como está parecidinha com a irmã nesse vídeo antigo aqui... de quando eu ainda tinha só uma filha e tempo pra ficar editando haha).

Com vocês, respeitável público, Gaia, a multi-instrumentista:



E ainda: a preciosa dupla de irmãs pianistas... um luxo só!



E uma palinha final de mais um momento divertido de música em família: Iraaaaaa! (com direito a dancinha do Rudá):


Música pra todo mundo! Viva a música, que tudo isso é também resistência.
Se divertir e continuar a sorrir, em tempos sombrios também é resistir.
Bora seguir cantando, gente! Valeu, criançada musical!


Gaia faz um ano

Filha deliciosa, no dia 13 de novembro você completou um ano de intensa alegria de viver, aprendendo o mundo com voracidade, e distribuindo sorrisos e gracinhas que arrancam suspiros amorosos por onde passa.
Nosso jardim nesguinho ficou ainda mais florido com você que chegou chegando nessa família maluca que te ama tanto.

Parabéns pelo seu primeiro aniversário, minha deusinha da primavera!

Amamos você!




quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Tri-irmãos = tri-legal!








Bichos que dão em gente pequena (1): oxiúros

Gosto de compartilhar aqui relatos de experiências que tivemos pra ajudar quem passa pelo mesmo. Em geral só consigo registrar depois que tudo passa e se resolve. O que significa que, mesmo tendo "final feliz", também vivenciamos momentos similares ao de tanta gente, com muita angústia, dúvida, preocupação, enquanto o processo ainda está em curso.

Meu relato positivo vem no intuito de animar quem ainda tá no meio do furacão, sobretudo porque eu mesma li muitos relatos desanimadores sobre grande dificuldade pra se combater oxiurose. Mas o que queria dizer aqui é: é possível vencer o oxiúros, sim! Dá muito trabalho, mas a gente consegue, e de modo definitivo. Quer saber como foi por aqui?

Vamulá.
Como já ensina a mestra Sonia Hirsch, gente é cheia de muito bicho, bichinho e bichinhozinho morando dentro - alguns que ajudam (como os probióticos do nosso querido keffir), outros que fazem mal, desde um malzinho passageiro até um mal bem grave.


sábado, 24 de março de 2018

Gaia - chegando.. chegou! (Relato - Parte Final)

(Continuação do relato feito pelo pai da Gaia, o Angel, meu companheiro e amor Nes - escrito em 30/11/2017)

"Hora de deixar tudo pronto pra tudo.

Arte por toda parte:
 Arte da espera.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Gaia - chega a hora da chegada (Relato - Parte 2)

(Continuação do relato feito pelo pai da Gaia, o Angel, meu companheiro e amor Nes - escrito em 30/11/2017)

"Duas semanas e meia de vida, aprendizado, transformações... tudo isso lambuzado de muito amor.

Quase faz muito tempo que tudo começou... ou que sempre foi assim.

Nessa passagem, tivemos a amorosa ajuda de Ritta Pinho, Mari Almeida e Dione Ferreira, nossas amadas parteiras.

Fui acordado umas 7 da manhã por Dione ao telefone, me perguntando como estava... uai, eu tava ótimo!, ué... ainda não tinha me dado conta de que Gab já tinha avisado elas, as parteiras, de que tava sentindo cólicas desde a madrugada
(Edição minha: na verdade, a BOLSA tinha estourado às 3 da manhã!).

Assim, logo elas chegaram e comecei os preparativos, bem feliz, da parte que me toca: fazer muita comida!!!

Enquanto Gaia abria seu caminho, a paz seguia reinando na casa... ou seria 'rainhando'...



terça-feira, 20 de março de 2018

Pintando Gaia (Relato - Parte 1)

É fato que nunca dei muito conta de fazer relato de meus partos... pra mim, sempre tão cerebral, parto é vivência muito instintiva, onde preciso acessar outras dimensões, sair do racional...
então não gosto de descrever em palavras, prefiro postar só imagens e as palavras de outros que me tocam...
porém no caso deste terceiro parto, posto aqui o relato amoroso feito à família pelo Angel, meu companheiro e pai dos meus filhos, porque será uma memória bonita pra uma dia compartilhar com minha filha caçula quando ela puder ler esta história: a sua história!

Com a palavra, o pai da Gaia:

"esta será a história de um nascimento...

mas só vou começar a dar um gostinho dessa história muito especial, que tem vários pontos de vista, vários momentos:

Um dia antes de Gaia começar a querer nascer, sábado, dia 11, pela manhã, Rita, nossa mestra e parteira ensinou as crianças a 'ver' a irmã dentro da barriga da mãe:


Barriga cheia de Gaia


Dizem que o último filho a gente mal tem registro e nem sente passar... pois não é que eu me senti ao contrário?



Como sabia com certeza que esta minha "raspinha de tacho" seria a última mesmo, curti à beça a barriga, e passada a fase de ambivalência, me senti apaixonada e orgulhosa por esta deusa na barriga.


Ela vem tendo muitos registros desde então, parece até como se fosse a primeira de todas... pois chegou chegando para fazer a gente sentir que já fazia parte dessa família desde sempre!


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Palavra Cantada pra escutar, assistir e sair (en)cantando...

Dica Nesguinha de reinauguração: "Vai e Vem das Estações", do Palavra Cantada



Palavra Cantada já era clássico nesguinho quando éramos só dois... e fãs de albuns como "Canções de Brincar" ou "Canções Curiosas", com suas rimas geniais e belas melodias em arranjos incríveis.

Mas aí veio a Inaê e com ela todo um mundo novo se abriu... porque a dupla Sandra Perez + Paulo Tatit tem tantas ideias legais pra fazer música de qualidade pra crianças de todas as idades, quanto parceiros de peso pra participar dos férteis projetos... gente do calibre de Monica Salmaso e Arnaldo Antunes, por exemplo...
Foi aí que conhecemos outros muitos albuns, do divertido "Carnaval do Palavra Cantada" ao delicado "Meu Nenem" (este virou A trilha sonora do soninho da Inaê por muito tempo)...
Outros interesses cresceram, mas sempre guardamos um lugar pro Palavra Cantada no coração nesguinho...

E então veio o Rudá, e com ele percebemos que, se o primeiro filho é o que nos desbrava mundos que antes desconhecíamos, o segundo filho é um eterno redescobrir ou até descobrir novos caminhos do que já imaginávamos conhecer (e quem tem filho pequeno sabe bem o que significa ler e reler, ver e rever, escutar e reescutar, até o infinito... e "de novo!!"").
Por isso, se parecia que, apesar de ainda adorarmos Palavra Cantada, já não era nada de novo, eis que a gente redescobre novos caminhos destes adoráveis poemas musicados... agora visuais!

Rudá logo se ligou nos clipes musicais, e todo um universo se abriu de novo, mas de forma diferente!
Os clipes mais antigos continuam especiais, como o da "Sopa", que todo nenem ama pra cantar o que tem na sopa do nenem - e o Rudá não foge à regra (além de amar sopa).

Porém os clipes novos são um arraso... de músicas mais novas ou das clássicas mais antigas...
E o melhor: tá sempre pintando coisa nova no canal oficial deles...
E foi lá que, faz umas 3 semanas, nos presentearam com este primor feito a muitas mãos, com algumas das rimas mais deliciosas já feitas, e participações muito especiais (surpresa!)
Quem não viu veja já, e prepare-se pra ficar com a música grudada na cabeça, coralzinho fofo de crianças afinadas ecoando, e a mesmíssima sensação de um pequeno pedindo pra ver... "de novo!"



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