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domingo, 31 de outubro de 2010

pentopéia em 3 atos, ou o fantástico desenvolvimento dos bebês

Que coisa mais fabulosa é o desenvolvimento de um bebezinho ao longo de seus primeiros 12 meses de vida!
De pensar que aquele bichinho todo enrugadinho que mal abre os olhinhos quando nasce é o mesmíssimo que já estará andando e falando por volta de um ano, ou seja, coisa de 365 dias depois, pouco mais, pouco menos... uma transformação de tirar o fôlego!
Talvez o período de mais intenso desenvolvimento (corporal, motora, cognitiva, psíquica, social etc.) que um ser humano passará ao longo de toda sua vida.

E porque imagens dizem muito mais que palavras, aí vão três diferentes momentos da Inaê com sua primeira amiga (a pentopéia) pra um exemplo vivo dessa verdadeira revolução do primeiro ano!

Vídeo 1 - Pentopéia e Inaê com 1 mês e meio (3 de abril de 2010)


Vídeo 2 - Pentopéia e Inaê com 4 meses e meio (7 de julho de 2010)


Vídeo 3 - Pentopéia e Inaê com 8 meses e 10 dias (30 de outubro de 2010)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

o enterro da incrível placenta no santuário dos pajés

Por 9 meses, a incrível placenta nutriu Inaê na barriga...


No parto, como mamíferos que somos, fizemos questão de comer um pedacinho dela com molho shoyu (sashimi de fígado... delícia!).

A força e o sangue da poderosa placenta circulando pra renovar as energias após o enorme esforço físico do parto... Claro, não foi só isso, mas estou convencida que a placenta ajudou na rápida recuperação e no curto período de sangramento.

O resto da admirável placenta foi pro freezer aguardar a jornada até o seio da terra, pra continuar seu ciclo de nutrição da vida.














O que me lembra de uma charge da Hathor, a Deusa-Vaca (uma super-heroína das causas mamíferas), só que no caso dela foram só 3 meses e meio. Já a placenta da Inaê aguardou congelada mais de 7 meses: um recorde!














O lugar já estava escolhido: o Santuário dos Pajés, terra indígena sagrada na única área preservada de cerrado no coração do Plano Piloto de Brasília.


No encontro interreligioso lá realizado em 18 de setembro de 2010, a gente combinou com o Pajé Santxiê Tapuya e, no dia 9 de outubro, a placenta finalmente chegou ao Santuário.

O Pajé Santxiê, guardião do cerrado e profundo conhecedor da nossa imensa biodiversidade e do verdadeiro herbário fitoterápico natural que é o cerrado, escolheu três mudas em seu belo viveiro: uma moringa, um ipê e uma africana que eu não guardei o nome.

Ah, o tio Diego acompanhou a gente na visita ao Santuário para o ritual do enterro da placenta! (vídeo abaixo)


Depois a gente curtiu uma rede (afinal, caiu na rede, é Inaê), conversou com cães e gatos da comunidade Tapuia/Fulni-ô do Bananal, e almoçou com o pessoal lá do Santuário.


A placenta enfim completou sua viagem, e o Santuário não se move... Awiri!

inaê no santuário dos pajés (1)

Inaê já tinha visitado o Santuário dos Pajés no final de 2009, só que ainda dentro da barriga.

Agora, foi a primeira vez "do lado de fora", no encontro interreligioso que a comunidade indígena do Santuário promoveu ao lado de representantes de religiões afro-brasileiras, cristãs e wicca.

Nossa pequena flor do cerrado gostou de tudo, inclusive da sua primeira melancia.





segunda-feira, 18 de outubro de 2010

3 coisas que mudaram (pra melhor) minha vida recente

Todos os dias, diferentes hábitos, ferramentas, objetos, técnicas etc. impactam nossa vida em maior ou menor grau. Mas alguns deles realmente fazem toda a diferença.

Pra mim, três "descobertas" recentes foram muito significativas.
Uma tem a ver com meu doutorado. As outras duas têm a ver com o sono da Inaê (e o meu), um assunto tão importante pra mim que vou voltar a falar disso depois.

1 - Dropbox
Ferramenta gratuita de compartilhamento de arquivos, que ficam armazenados na "nuvem" e nos computadores que você escolher. Disponível pra baixar aqui.

Por que mudou minha vida?

Pense numa doutoranda tendo que fazer backups periódicos pra não correr o risco de perder o trabalho diário, seja enviando por email, seja gravando em pen-drives ou discos externos. Agora pense no tempo que isso exige e que poderia ser utilizado pro trabalho em si ou pra outras coisas mais interessantes. E pense também no trabalhão de ter que atualizar as últimas versões de arquivo toda vez que se trabalha em um computador diferente, com o risco de perder algo...

Bom, agora tudo isso acabou! Não leva nem 10 segundos pra atualizar tudo que tenha sido atualizado dentro da minha pasta "Tese" (com seus zilhões e zilhões de subpastas) em qualquer dos nossos 3 computadores, cada vez que são ligados. É mágico! ; )

2 - Barulho estático
Ao contrário do que se pensa, bebês (e muitos adultos) podem acordar mais fácil se tudo estiver em silêncio absoluto. Uma das explicações pra isso é que o mundo uterino não tem nada de silencioso, muito pelo contrário: um eterno barulho de fluidos e fluxos constantes: pulmões respirando, coração pulsando etc. É por isso que o som tipo "ssshhhhh" é um ruído que acalma tanto o bebê. Muitas mães e pais fazem naturalmente o "sssshhhhh" quando estão embalando o bebê, principalmente se for recém-nascido. O "ssssshhhh" imita um chiado ou um barulho estático. Outros exemplos de barulho estático: rádio fora da estação, ventilador ligado, chuva contínua, ondas do mar...
Quando eu estava entendendo melhor o lance todo do sono dos bebês, eu descobri que o barulho estático poderia ajudar minha filha a esticar suas sonecas, pois às vezes pequenos (ou grandes) ruídos vindos da casa ou da rua lá fora a acordavam.
O primeiro que eu usei foi do site SimplyNoise (tem três opções do mais grave ao mais agudo, e pode escolher se quer som contínuo ou oscilando tipo onda do mar).
Atualmente, uso barulho de chuva, que fica tocando a noite inteira no rádio no quarto dela. O arquivo que eu uso é o "Rainshowers", obtido em uma coletânea de 10 CDs de sons da natureza que baixei aqui, mas também está disponível aqui. Não tem trovões fortões nem pinguinhos fraquinhos, é só barulho de chuva contínua.
E quem não adora dormir com um barulhinho de chuva caindo?

Por que mudou minha vida?

Sonecas mais longas de dia (pelo menos 1h de soneca, em geral quase 2hs, muitas vezes até 3hs ou mais!) e sono contínuo de cerca de 12-14 hs à noite. Ao todo, Inaê dorme cerca de 15-17 horas a cada 24 hs, o que está excelente pra necessidade de sono de um bebê da idade dela.

Já aconteceu dela estar dormindo e o danado de curioso do gato Bento derrubar algo no banheiro fazendo um barulhão, até eu tomei um bruta susto lá na sala. O tipo de barulho que acordaria qualquer um - mas nunca a Inaê... graças ao barulho estático! ; ) ; )


3 - Colchão no chão
O berço até que funcionou nos primeiros meses, mas desde que ela começou a se virar lá pelos 4 meses e eu tive que baixar a altura do berço, fiquei extremamente infeliz. Pra mim, ficou parecendo uma espécie de prisão, sem contar que não conseguia mais enxergá-la lá dentro da porta, tinha que chegar junto!
E ela chegava a se virar 90 graus ou mais dormindo, aí a cabeça ia ficando espremida nas laterais do berço (menos mal que existiam os tais protetores acolchoados).
Por algumas semanas, em vez de colocar no berço, passei a fazer uma grande cama no chão, forrando com sacos de dormir. Fiquei nesse arranjo mambembe por mais um pouco até me render aos fatos: a solução seria colocar um grande colchão no chão, em que ela ficasse à vontade e segura, e eu pudesse ter mais comodidade e conforto para amamentá-la e fazê-la dormir. Ela tinha pouco menos de 6 meses.

Por que mudou minha vida?

Gente, afirmo sem medo de exagerar que esta foi uma das decisões mais acertadas da minha vida de maternagem!
Ficou tudo tão infinitamente mais fácil que nem consigo me lembrar direito como era antes. Me lembro vagamente de ficar sentada na cadeira de balanço esperando o bebê dormir, tudo perfeito, mas aí era só fazer a transferência pro berço que, mesmo com todo o cuidado e lentidão do mundo, ela despertava... Qual mãe já não passou por isso?
Acontece que agora ela adormece, às vezes mamando, na maioria das vezes virando pro lado com seus dedinhos na boca, apenas com a mãozinha me apertando. Eu tenho que ficar deitada junto até ela pegar no sono mais profundo, mas depois disso é só eu me virar de mansinho e levantar do colchão... simples assim!
Sem contar que é muito mais seguro, pois não tem como cair, já está no chão. E, desde os 6 meses, a vida do bebê passa definitivamente a ser muito no chão, então preparar um ambiente adequado no chão é a melhor coisa que pode acontecer pra ele, nesta fase lagartinho!
Além disso, para mim, ficou infinitamente mais confortável: muitas vezes eu acabo relaxando tanto que cochilo ou até durmo uma soneca inteira com ela! (Amamentar deitada é uma das melhores coisas que uma mãe pode aprender, recomendo a qualquer uma que adote desde o começo essa posição, e gosto tanto que ainda vou falar disso de novo!)
Conclusão: hoje em dia, penso que, se tiver mais filhos, vou considerar seriamente nem ter berço, e já passar direto do cestinho ou carrinho ao lado da minha cama pro colchão no chão! ; ); ); )

terça-feira, 12 de outubro de 2010

uso exclusivo de fraldas de pano

Depois que demos nosso depoimento lá no blog da FraldaBonita (pra quem não leu, ver aqui) sobre o uso exclusivo de fralda de pano, algumas mães interessadas me escreveram pedindo mais dicas.
Então vou detalhar um pouquinho mais aqui sobre nossa experiência, pra tentar esclarecer sobre as principais dúvidas e desmistificar um pouco.
Lembrando sempre, porém, que cada família é única e tem seus próprios arranjos e rotinas, então essa é a nossa experiência, que funcionou bem para nós, ok?

Mas espero sinceramente que isso ajude a animar outras mães, porque a experiência foi muito positiva pra nós. Inaê está completando 8 meses sem nunca ter usado uma única fralda descartável! (e provavelmente nunca vai usar mesmo)

Seguem comentários sobre as dúvidas mais frequentes que tenho recebido.

1 - QUANTIDADES E TAMANHOS:

Inicialmente, só pra entender como era, comprei 2 fraldas do tipo tradicional (tipo "pocket", ou seja, com um bolso interno pra colocar o recheio, ou absorvente).

Daí conversei por telefone com a Bettina pra pegar mais dicas. Acho que na época ela mesma não botou fé que eu ia usar APENAS fralda de pano e recomendou eu comprar poucas pra ver como era. Mas eu já tinha esta disposição grande e inclusive já fazia mais de 1 ano que eu era adepta dos absorventes femininos de pano (da marca Modser, feita por duas meninas aqui da UnB).

Aí eu fiz a encomenda de mais 5 fraldas, sendo uma do tipo "plus" (que pode ajustar pra ficar pequena ou grande).
Ou seja começamos com 7 fraldas (sendo 5 tamanho P e 2 RN).

Foi uma boa coisa ter comprado RN, pois minha filhinha nasceu miudinha, então usei estas RN um tempão. Pra vcs terem uma ideia, até hj ela usa algumas das P!!!
Mas realmente o melhor é ter mais P, pois se o filhote nascer grandão pode acabar perdendo logo se for tudo RN.

Recomendo às mães só comprarem o resto depois de sacarem bem como é a dinâmica do bebê, e também visando mais conforto e menos trabalho pra família.

Por ex., aqui em casa, como eu disse lá no depoimento, com 12 a 14 estava dando legal (incluindo aí nesta conta 3 fraldas plásticas de colocar por cima do pano, parecidas com aquelas antigas tipo Calça-Enxuta, mas só que agora vem com botão de pressão... essas são bem baratinhas, tipo R$ 2,00).
Em geral o bebê usa umas 6 a 7 fraldas por dia, mas isso realmente vai variar, às vezes troca só o absorvente, às vezes pode dar azar e fazer cocô assim que acabou de trocar... haha... faz parte da diversão de ser mãe e pai!

Depois que autorizei o uso de 2 fotos da minha filha no projeto fotográfico da FraldaBonita, ganhei mais 6 fraldas (3 por cada foto). Com isso ficamos simplesmente com 20 fraldas, e aí relaxamos legal! (mas tem 2 que ela logo perdeu, pois eram um formato menor de P).

2 - LAVAGEM:

Durante o dia vamos jogando no molho com sabão de côco em pó, após uma esfregadinha ou escovada, e aí dá pra fazer só uma leva de enxague e centrifugação e varal, geralmente à noite (depois que ela dormiu).
No começo, quando tinha menos fraldas, fazíamos mais levas, mas agora uma só basta.

Aqui é quente e seco, então no dia seguinte até meio-dia já secou.
Na real, nem precisa fazer toda noite, com esta quantidade toda, inclusive teve dia que esquecemos e não teve assim tanto problema, pois tinha bastante fralda no dia seguinte.

Recomendo que se tenha uns 3 baldes, pra dar conta de fazer um de molho leve (só fraldas molhadas), outro de molho pesado (fraldas sujas), outro pra trocar o molho ou captar água do banho do bebê pra aproveitar. E a água suja pós-molho ainda pode ser usada pra dar descarga.

Ah, e agora que o modelo é de botão de pressão (os meus primeiros eram com velcro), dá pra lavar tranquilamente na máquina, se coincidir de ter leva de roupa do bebê, pois só uso sabãozinho de coco.
Mas é claro que vc vai lavar mais fralda do que roupinha, então é bom ter no mínimo 2 baldes.

De novo, meu conselho é: compre algumas, procure sacar o seu bebê, e aí sim veja quanto realmente precisa. Acho que se tiver umas 7 ou 8 já dá conta inicialmente.

Lembrei de mais uma coisa: Inaê nasceu em fevereiro, pleno calorão.
No começo, bem recém-nascida, só a enrolávamos com umas fraldas bem amaciadas que tinham sido minhas, tipo "gandhi", sem nem colocar fita crepe.
Isso bastava, pois no começo o RN só de peito faz pouco cocô, na real nossa bebezinha ficava de 5 a 8 dias sem evacuar (completamente NORMAL pra recém-nascido, embora nem todos saibam, e já saiam por aí apelando pra supositórios e outros procedimentos totalmente invasivos, um horror!).
Aí aos poucos, no tempo normal, ela foi regulando o intestinozinho, e nós pudemos ter calma pra entender a necessidade da real quantidade de fraldinhas sem o desespero de comprar logo um monte.
E sempre que precisei, fazendo a encomenda com a FraldaBonita, chegou em no máximo uma semana.

3 - ABSORVENTES:

Nossas fraldas, dos tipos "tradicional pocket" e "plus", têm um bolso interno (o tal pocket) onde se pode colocar o absorvente, que nada mais é que um pano quadrado, que se dobra ao meio pra ficar retangular e comprido.

Aqui em casa nós NUNCA colocamos neste bolso, a gente coloca o absorvente de pano direto em contato com a pele da Inaê, inclusive às vezes só é necessário trocar o absorvente.
Mas em geral, molha a fraldinha também - como eu disse no depoimento, fralda de pano tem que trocar mais vezes - o que eu no fundo prefiro, pois assim garanto que minha bebê estará realmente seca e limpinha.

A FraldaBonita tem vários tipos de absorvente.
Quando fiz minha primeira encomenda, pedi um de cada um pra entender. O que eu mais gosto é um tipo de malhinha de algodão, acho que chama "básico plus".
Eu comprei mais destes depois. Os outros (enxuto, noturno etc.) eu só uso à noite mesmo, pois minha filha dorme a noite inteira e eu não troco fralda no meio da noite, então coloco dois (um grosso e um fino) porque ela dorme em média 12 horas seguidas.

Agora tem uma coisa que nem cheguei a comentar no depoimento: nós fizemos nossos próprios absorventes com fralda de pano! A melhor fralda que encontrei pra fazer isso foi a da marca "Cremer Super-Luxo". Aí pegamos a fralda e cortamos ao meio, e ficou do tamanho certo pra dobrar e ficar de comprido dentro da FraldaBonita. Numa caixa de fralda Cremer vem 5 fraldas, ou seja, cortando temos 10 absorventes! Mas tem que lavar umas 3 a 4 vezes antes, pra amaciar bem.
Estes são os nossos preferidos, até porque eles secam em pouquíssimo tempo.
Nem lembro quantos absorventes da FraldaBonita tenho, mas não são muitos, porque na real o que usamos mesmo são os de fralda de pano tradicional.

4 - MAIS CURIOSIDADES:

Mais duas coisinhas pra ver se anima ainda mais:

* nem sabemos o que é assadura e nossa filhota NUNCA usou estas pomadas, do tipo hipoglós. Só passamos óleozinho vegetal (de côco) nela, após a limpeza com algodão e água.
É claro que, de novo, nunca pode deixar ficar muito tempo sem trocar.
Já rolou de ter ocasiões que não deu pra trocar quando devia, aí ela ficou vermelhinha. Mas nunca chegou a ser assadura: limpando bem com água e passando oleozinho, na próxima troca já não tem vermelhinho.

* a Inaê começou a comer há cerca de 1 mês e meio, então o cocozinho ficou mais duro.
Aí começou a rolar uma coisa curiosíssima e inesperada: nossa vida ficou mais fácil!
Em geral, ela só começa a dar sinal de que quer fazer cocô quando eu tiro a fralda, aí deixo um pouco ela de bundinha de fora no trocador, forrado com papel higiênico embaixo, e ela faz! Ou seja, até agora praticamente não precisamos mais lavar fralda de cocô! (e nas poucas vezes em que rolou, como está mais duro, fica bem mais fácil de retirar o excesso no banheiro, resta quase nada na fralda de pano em si).
Não é incrível? Parece que ela está com mais consciência e até prefere ficar sem fralda pra fazer, agora tem até uns horários mais ou menos certos, tipo logo de manhã, depois da mamada ao acordar, e depois das comidinhas.
Gente, fiquei tão entusiasmada! Vejam bem, ela com apenas 7 meses e já fazendo claramente a associação entre as coisas! E não foi nada que eu tô forçando, é que está rolando naturalmente esta história! ;) ;) ;)
Só não vamos arrumar um peniquinho ainda porque aí seria meio forçar a barrar dela... mas logo vai chegar a hora certa, e aí acho que o desfralde vai ser mais fácil que imaginei... A conferir.

Enfim, são minhas dicas e comentários sobre o uso exclusivo da fralda de pano!
Melhor pra pele dos bebês, pra consciência corporal deles, pro planeta... ou seja, só vantagens, na nossa opinião!

chega de hipocrisia: notas sobre um falso debate

CHEGA DE HIPOCRISIA.
Nunca vi um oportunismo tão grande em cima de uma realidade grave.
Se ainda fosse um debate, mas não: é um falso debate, em cima de baixarias, de desinformação, de preconceitos, de pressupostos mentirosos.

1 - QUEM PODE SER A FAVOR DE SE VIVENCIAR UM ABORTO? Ninguém sonha com isso, nenhuma de nós mulheres vai feliz e contente pra uma decisão dessas, com uma placa luminosa em cima dizendo "oba, que legal, vou fazer um aborto!".
Aborto é a última opção se houve alguma falha nos métodos anti-concepcionais ou nos do dia seguinte. É um mal necessário.
O que somos a favor é de o aborto deixar de ser um CRIME, somos a favor de que a interrupção voluntária de uma gravidez indesejada (por motivos vários) seja uma opção prevista pela lei.


2 - Ser "a favor" a descriminalização não significa exatamente o oposto de ser "contra": são dois pesos, duas medidas!
Se fosse legalizado e alguém não quisesse fazer por convicção religiosa e tal, ok: ninguém ia obrigar, o Estado não ia obrigar, "a Dilma" não ia obrigar. O problema é, do jeito que está, uma parte das mulheres que gostaria de ter esta opção não tem.
Não têm a opção e, como se não bastasse o sofrimento físico e/ou psicológico de se submeterem a uma curetagem voluntária, ainda correm o risco de serem penalizadas, de serem presas.

A propósito, videozinho interessante:


3 - Todos os dias brasileiras de todas as classes sociais são obrigadas a interromper uma gravidez INDESEJADA. Segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, coordenada pela respeitada profa. Débora Diniz, aqui da UnB, estima-se que 1 em cada 5 brasileiras já teve que recorrer a um aborto (e entre elas, a maioria é de mulheres que professam a fé católica, vejam bem).
Esta é a realidade cotidiana, não adianta esconder com a peneira. Acontece que ela é vivenciada de modo diferente se você tem grana ou não.
Quem pode, paga uma nota e faz em clínica chique.Quem não pode, recorre a agulhadas, garrafadas, remédios contra úlcera, e outros métodos com risco de vida.
Todos falando do direito à vida... ora, e o direito à vida das MULHERES, onde fica?


4 -
Sou mãe desta lindeza de bebezuca que vcs conhecem e nem por isso deixei de defender o direito das mulheres à (difícil) decisão sobre seus corpos e vidas. Ou melhor dizendo: é justamente depois de ser mãe que defendo AINDA MAIS este direito. Porque filho exige amor, atenção, dedicação e disponibilidade INTEGRAL. Então tem que ser a decisão mais responsável de todas.

Mais um videozinho que vale a pena circular,
é das meninas do CFemea aqui de Brasília:


PS: pior do que a hipocrisia dos serristas surfando na onda da pregação religiosa, tem sido ver a campanha da dilma refém deste oportunismo, fazendo concessão após concessão. Uma vergonha: nas palavras de uma amiga, "dois candidatos ateus disputando votos em nome de jesus"... E eu que, ingenuamente, ainda tinha fé no Estado laico...
Não canso de me espantar.
E pior ainda é que, mesmo assim, bate o medo da Dilma não ganhar. Então que venha logo o dia 31 pra gente votar logo no 13 e acabar com esta vergonha de campanha de uma vez, antes que sejam feitas concessões ainda mais sérias.

E agora, bola pra frente, que ninguém aguenta mais discutir esse assunto.
Debate de verdade, por favor!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

família nesguinha nas eleições 2010

chegando pra votar com o pai - 3 de outubro de 2010

esta família nesguinha esperava que nem houvesse segundo turno, por isso os resultados foram frustrantes - principalmente no caso do governo do DF, é claro (família roriz nunca mais!)

no caso do governo federal, cheguei a pensar que o segundo turno até poderia ser uma boa oportunidade pra que temas e propostas fossem de fato aprofundados, ou até repactuados... (por ex., cancelar Belo Monte)...
quanta ilusão.




















o festival de baixarias e hipocrisias começou girando em torno de um falso debate, e só.
mas depois a gente vai falar mais sobre isso aqui.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

tamanduá e os gatucos

Os gatucos sempre estiveram presentes na vida de Inaê desde antes de sua chegada, acompanhando a barriga crescer e crescer (ver por ex. aqui) e inclusive durante todo o trabalho de parto. Quando nossa florzinha nasceu aqui na sala de casa, o Angel logo aproveitou para levá-la ao quarto para ser apresentada aos "manos felinos", o Gato (também conhecido como Bento ou Bentinho) e a Gata Preta (ou Badu)!

Nos primeiros dias fiquei um pouco apreensiva pensando que daqui pra frente nunca mais seria o mesmo de 100% de atenção só pros gatinhos...
Mas depois logo entendi que a vida nunca mais será a mesma pra nenhum de nós, e todos da Família Nesguinha acabamos nos adaptando muito bem às novidades, inclusive os gatucos (assim como Badu já tinha se adaptado à chegada do Bentinho antes)

O fundamental é que eles nunca foram excluídos de nada.
É claro que bem no comecinho devem ter estranhado um pouco este "bichinho", sempre pendurado em mim, sugando, sugando, sugando...

E assim não dava mais pra ficarem no colo sempre que quisessem.
A Badu logo entendeu, o Bentinho que ainda tentava ficar algumas vezes, querendo "amassar pãozinho" na Inaê... rsrsrsrsrs!
Estão sempre perto de nós, do meu ladinho ou deitados aos meus pés (principalmente a Gata Preta) quando estou amamentando ou fazendo Inaê dormir.

Nos primeiros meses, quando ainda tínhamos a cadeira de balanço que usávamos pra mamar, o berço-arranhador-túnel (foto abaixo) deles foi colocado bem aos meus pés, juntinho da gente.




E continuaram a dormir conosco à noite e circular por todos os espaços desta casa - que afinal também é a casa deles, oras!





No começo, observavam bastante o bebê, com uma curiosidade bem tranquila e cuidadosa, respeitando o espaço dela.
Entenderam logo que não era pra entrar no carrinho. Mas nunca entenderam realmente que não era pra entrar no berço, então volta e meia a gente encontrava a Badu lá... danadinha!
Mas agora não tem mais berço, então esta restrição acabou. De todo modo, eles não entram no quarto quando Inaê está dormindo, até porque só fica uma frestinha mínima entreaberta (só pra gente ouvir imediatamente caso ela nos chame).

Acho que o mais difícil e diferente pra eles bem no comecinho foram os gritos estridentes quando Inaê queria mamar (mas isso era raro, pois como se sabe ela sempre foi um anjinho de bebê).
Mas se há gritos, eles logo fogem pro outro quarto!

Mais recentemente, há uns 2 ou 3 meses, já nem lembro mais quando, nosso tamanduázinho finalmente "descobriu" seus gatucos!
Gente, aí ela grita mesmo, mas é de pura ALEGRIA! É só ver a Gata Preta ou o Gato que ela desanda a dar mil gritinhos, "chamando"-os pra brincarem com ela!
É claro que, no auge de sua fase oral, Inaê quer logo puxar os gatucos pra si e colocá-los na boca, mas eles são tão bonzinhos e acostumados a ela que deixam que ela os afague com suas mãozinhas. E se estão incomodados, nunca reagem, apenas saem de perto.










É só ver os vídeos abaixo pra entender como nossos três filhotes (a humana e os felinos) já se entendem às mil maravilhas!

Vídeo 1 - Inaê, Gato Bento e "o vermelho"
(nota: o "vermelho" é o inimigo mortal do Gato, que às vezes aparece pra lhe atazanar)


Vídeo 2 - Gatinhas Inaê e Badu


PS 1: aqui em casa, partilhamos da corrente que acredita que a convivência com animais domésticos é benéfica pras crianças, não só em termos de seu desenvolvimento físico e emocional, mas inclusive em termos de saúde, pois na verdade elas se tornam menos propensas a alergias (ao contrário do que pensam outras correntes). O mais importante é ter informação, que ajuda a combater muitos mitos, inclusive o de que quando chega um bebê a família precisa se desfazer de seus bichanos (que crueldade!). Para quem quer se informar mais, ver aqui e aqui.
PS 2: pros gateiros, fica a dica de um blog muito legal, o "Tudo Gato". O "blogateiro" Lauesg também tem uma filhinha bebê e cheguei a trocar email com ele na época do nascimento da Inaê, pra me informar melhor e rebater os argumentos e palpites contrários à convivência gatos-bebês. Estes posts aqui (partes 1, 2, 3 e 4) são especificamente sobre este assunto.
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