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domingo, 29 de agosto de 2010

em transição

ando experimentando a plataforma wordpress (mais funcionalidades que o blogger)
em breve devo migrar pra lá e aí posto o endereço aqui

sábado, 28 de agosto de 2010

amamentar na primeira hora

Por que é tão importante amamentar o bebê logo que ele nasce?

Uma das vantagens de nascer fora da medicalização extrema foi que Inaê pôde ser amamentada logo que veio ao mundo.
Imediatamente ao nascer, amparada por nossa amada doula Rita, com a ajuda do pai, foi colocada em meu seio e ficamos nos namorando infinitamente e desde então não nos desgrudamos mais!

Engraçado que estávamos tão absortos com a mágica da chegada de uma nova vida (e também exaustos) que até esquecemos de pesar o bebê... Só fomos fazer isso quatro dias depois, na visita da nossa querida parteira obstetra Carla.
Sinceramente? Não fez a mínima diferença pro controle posterior de peso dela.
Porém, como foi importante pra nós duas que nas suas primeiras horas de vida ela ficasse o tempo inteiro em meu peito!
Nada de ser levada pra mil exames muitas vezes desnecessários ou, caso necessários, nada que não possa ser feito alguns dias depois!

Por outro lado, como foi fundamental pra nós duas termos aquele momento só nosso, até porque o estado alerta do recém-nascido dura muito pouco (cerca de meia hora) e logo ele cai num sono profundo... é uma pena desperdiçar este tempo tão curto!

É por estas e por outras que fico tão aliviada por ela não ter nascido em hospital, onde o procedimento padrão, logo que o bebê nasce, é levá-lo embora da mãe pra medir e pesar, e furar o pezinho, e é exame pra lá e pra cá, e coloca um colírio completamente desnecessário na imensa maioria dos casos e que tem um efeito de deixar o bebezinho atordoado (horror! horror!), justamente neste momento tão importante, quando o que ele mais queria era o toque e o calor do único lugar que lhe recorda o mundo de plenitude absoluta de onde ele acabou de sair, que é o SEIO da mãe!

Ah, que maravilha quando se faz o que a Natureza tão sábia pede, que é deixar imediatamente os bebês aconchegados em suas mães, seja mamando ou não... e aí eles começam a olhar demoradamente pra mãe, reconhecendo o que já conheciam desde sempre...
É a coisa mais linda de ver... e eu vi isso acontecer, com a minha Inaê!

AMAMENTAR NA PRIMEIRA HORA É UM ATO DE AMOR, O PRIMEIRO VÍNCULO.

"De acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), todas as rotinas com o bebê, como lavá-lo, pesá-lo, ministrar-lhe injeções e colírios, devem ser evitadas até que ele mame ou, pelo menos, durante a primeira hora de nascimento. A ideia é que ele fique próximo daquela cuja voz, cheiro e ritmo cardíaco ele conhece tão bem. A mãe, claro. Fazer a mamada nesses primeiros minutos previne a mãe de problemas físicos, como sangramentos, já que o útero se contrai com o estímulo da amamentação. Além disso, previne o aparecimento de fissuras nos mamilos, que podem levar ao desmame precoce da criança.
Para o bebê, os benefícios são ainda maiores. O primeiro leite produzido pelo corpo da mãe (o chamado colostro) é riquíssimo em anticorpos, que protegem a criança de vírus e bactérias durante os primeiros meses de vida. O colostro também é laxante e acelera a eliminação das primeiras fezes do recém-nascido. O contato com a pele da mãe faz com que o bebê seja colonizado com os germes naturais dela. vantagens orgânicas à parte, o contato entre mãe e filho nos primeiros minutos é essencial para o fortalecimento do vínculo entre a família. Sim, a família toda! O pai também pode participar desse processo, colocando o recém chegado próximo ao peito da mãe e permanecendo perto dos dois.
Mas por que logo na primeira hora? Os especialistas explicam que, nos primeiros minutos de vida, o bebê se encontra geralmente em estado de alerta, ideal para estimular o início da amamentação. Depois, ele vai querer descansar da exaustiva tarefa de vir ao mundo e, horas depois, sonolento, pode demorar mais para sugar o leite. Não é porque o bebê mamou depois de 1 hora e 5 minutos que a relação vai ficar prejudicada, óbvio. Muitas vezes, o trabalho de parto é cansativo demais para a mãe ou para o bebê. Nesses casos, não há por que forçar a amamentação. Cabe aos profissionais da maternidade identificar os sinais da mãe e do recém nascido para saber se há ou não condições para a primeira mamada. Mesmo sem mamar, o primeiro contato com a mãe já é importante e benéfico por si só, não custa repetir."

Fonte: Revista Pais & Filhos, 179

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

cenas de um inverno caloroso

NA AULA DE YOGA PÓS-PARTO (COM A AMIGA ISABELA)

















BARRIGA PRA CIMA, BARRIGA PRA BAIXO





















NO BALANÇO (BEM SENTADINHA!)































SOL E PISCINA
















NA REDE DE MADEIRA...





























E PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO FRIO...


terça-feira, 17 de agosto de 2010

nascer sorrindo















"Devemos compreender que a Natureza não dá saltos súbitos e tem seu próprio ritmo. Ela estabeleceu este tempo, estes poucos minutos, para que esta mudança de um mundo para outro pudesse ser feita com serenidade.

De tal maneira que o bebê recebe oxigênio de duas fontes por vários minutos, enquanto, ao mesmo tempo, um orifício no seu coração se fecha, e o bebê pode então se manter sozinho com segurança.

Por alguns minutos, o bebê ocupa dois mundos.

Então, bem lentamente, ele pode cruzar o portal de um mundo ao outro tranquilamente, facilmente, e com toda a segurança, desde que a gente não o apresse, não interfira, e consiga dominar nossos antigos reflexos, nosso nervosismo, nascido, na verdade, da ansiedade de nosso próprio nascimento.

O efeito sobre o bem-estar da criança será incomensurável.

Somos sempre tão rápidos em culpar a Natureza, quando de fato ela é tão cheia de amor e sabedoria, e somos apenas nós que estamos cegos demais para enxergar.

Se o cordão é cortado abruptamente ou se é deixado parar de bater por si só é um fato que muda completamente, ou mesmo que é determinante, para o modo como a criança percebe sua chegada ao mundo e, consequentemente, a maneira como reagirá à mudança contínua em sua vida.
Pode-se dizer que a percepção deste momento vai colorir o resto de sua vida.

Se cortamos o cordão imediatamente, criamos uma situação que é o contrário daquela que a Natureza intencionava. Ao pinçar o cordão antes dos pulmões estarem funcionando completamente, priva-se o cérebro da criança de oxigênio.

O organismo não pode senão reagir violentamente a esta nossa agressão, e então todo um sistema de estresse entra em cena.
Não só teremos feito algo absurdo e não demandado, mas teremos estabelecido o que Pavlov chamava de um reflexo condicionado que será recorrente ao longo da vida.

O que estamos vinculando?
Vida e respiração,
respiração e o medo da morte iminente."


"Você pode então se perguntar como é que mesmo quando a transição ocorre em seu próprio ritmo a criança pode ainda dar um grito ou dois?

A resposta é simples.
A caixa toráxica, agora que nada mais a comprime, subitamente se expande, criando assim um vácuo.
O ar entra rapidamente e isto arde. Naturalmente a criança tenta furiosamente expelir o ar.

Este é o primeiro grito.
Então, em geral, tudo pára.
A criança faz uma pausa, como se desconcertada ante o próprio sofrimento.
Pode acontecer dela repetir o grito duas ou três vezes antes da pausa.
Então quando esta pausa vem, somos nós que entramos em pânico. E geralmente... um tapa no bumbum em seguida. Mas agora que estamos mais conscientes e conseguimos controlar nossos impulsos, nossos medos, e confiando na forte batida do cordão, podemos manter nossas mãos imóveis.

Logo veremos... a respiração recomeçando por conta própria.
Hesitante a princípio, tímida, cuidadosa, ela ainda vai pausar de tempos em tempos, marcando pequenos intervalos.
A criança, oxigenada pelo próprio cordão, está adquirindo seu próprio ritmo e inspirando apenas o tanto do elemento ardente que consegue suportar, depois pausando, apenas para recomeçar em seguida.
À medida em que vai se acostumando, ela começa a respirar mais profundamente."




"Logo ela aprende a desfrutar do que, no começo, era apenas muito doloroso.
Muito em breve, sua respiração, que no começo era tão hesitante e duvidosa, se torna alegre.

Ao todo, a criança deu apenas um ou dois gritos.

Tudo que podemos ouvir agora é uma respiração profundamente tranquila, pontuada por pequenos gritos, exclamações de surpresa, ou até suspiros de prazer.
Misturados à respiração estão os sons que o bebê está fazendo com seus lábios, seu nariz, sua garganta.
Toda uma linguagem própria.

E nunca, jamais, aqueles gritos de terror, aqueles lamentos de desespero, aqueles guinchos histéricos.
Talvez uma criança tenha que dar um ou dois gritos quando nasce, mas será que eles precisam ser gritos de angústia?

Porque esta criança tem prazer com esta nova experiência, saboreando tudo em sua novidade, ela pode facilmente esquecer o mundo que deixou para trás.
Sem arrependimentos, nem um único olhar para trás.
Chegar à vida é como acordar de um longo e prazeroso sono, e não de um pesadelo."
















"Como é impressionante assistir à criança abrir bem seus olhos, começar a sentir o ambiente em volta, explorar tudo que a cerca.
Tudo sem pânico, sem lágrimas
Ao contrário, com uma seriedade, uma gravidade que é difícil de acreditar.
Sim, a criança é realmente como um sábio, uma alma anciã, porque o que quer que ela faça, é com completa consciência."














(Tradução livre de trechos do capítulo 4 do livro "Nascer Sorrindo", de Fréderic Leboyer)

cenas de um parto considerado indolor


3 da madrugada, dilatação total...
e a gente vendo roupinhas!









delícia de piscina quentinha...
se já era indolor, aí é que ficou um relaxamento mesmo!
que trabalho que nada!

aí a Carla disse: "vamos agitar?"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

à espera de inaê

uma manhã qualquer de fevereiro de 2010, antes de ir pra Água Mineral

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