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quarta-feira, 30 de março de 2011

de alegrias e tristezas: a verdadeira história de Dora

As fotos que ilustram esta originalmente se destinariam a uma postagem chamada A Charmosa Viagem da Família Trapo ou Pé na Estrada com as Meninas Super-Poderosas, ou qualquer outro título que evocasse a maravilhosa e trabalhosa aventura de viajar de Santos a Paraty, num furgão alugado. Começo do ano: eu e Nes, nossa amiga-irmã Dri Mendes, e o adorável trio feminino infantil - nossa Inaê (então com 10 meses), e as duas da Dri, nossa fofíssima afilhada Miranda (então 1 ano e 10 meses) e a linda, divertida e espertíssima Dora (com quase 9 anos).

Imagens costumam dizer mais do que palavras, então peço apenas que olhem com atenção estas fotos: nelas enxergarão diversão, afeto, amor e muita felicidade. Vejam a carinha da Dora: uma menina saudável, risonha, falante, e muito, muito apaixonada pela mãe e pela irmãzinha 7 anos mais nova...

Acontece que Dorinha não convive mais com sua mãe e sua irmã. Faz quase 2 meses que ninguém, nem sua mãe, consegue sequer falar com ela, por telefone, quanto mais saber onde está para visitá-la.


Para a justiça (com j minúsculo mesmo), Dora está guardada pelo guardião legal, seu genitor, ator, que obteve a guarda por meio de bons advogados pagos por sua rica família de Ribeirão Preto, às custas de algumas calúnias, depoimentos mentirosos e alegações fantasiosas.

Para mim, porém, não há meias palavras: Dora está cativa, incomunicável, afastada à força e contra a vontade dela de sua mãe, que tudo sacrificou por ela, e de sua irmãzinha que com ela conviveu desde o nascimento e que agora adoece sem saber o paradeiro da irmã mais velha.


Há 4 anos e 5 meses, nossa amiga fez um ato desesperado de uma MÃE que estava vendo a filhinha de apenas 4 anos definhar pela separação forçada que lhes tinha sido imposta pelo guardião, imune a qualquer tipo de negociação, que impedia a mãe de conviver com a filha e lhes permitia o contato apenas em um horrível lugar público chamado "visitário" - posso dizer como é horrível porque estivemos lá certa vez com a avó materna de Dora. Mas não gosto nem de lembrar. Um lugar feito para receber crianças e seus familiares em visita, mas sem brinquedos, sem cores, sem alegria... Um lugar cinzento, escuro, tristonho, deprimente.

Adriana deixou pra trás sua vida de jornalista bem-sucedida, seu apartamento próprio, sua casa na praia, e tudo mais que tinha construído até ali, e foi embora com Dora.

Uma escolha radical, sem dúvida. Mas não entro aqui em méritos jurídicos, em juízos de "certo/errado". Difícil saber do que somos capazes de fazer quando confrontados em situações-limite, especialmente se elas têm a ver com nossos rebentos que abrigamos no ventre, acalentamos, nutrimos. Você, que lê estas palavras neste momento: o que será que você faria?
 
Pra mim, o que importa mesmo é que a Dora de hoje é a prova provada de que foi MUITO bem criada e cuidada por sua mãe todos estes anos: educadíssima, super-inteligente, melhor aluna da escola e do balé, saudável, alegre, segura, AMADA. Eu me questiono seriamente: seria esta mesma encantadora Dora tivesse sido privada do convívio com sua inteligente e admirável mãe nestes que foram os anos cruciais de formação de sua personalidade?

É certo, ele não pôde conviver com ela todos estes anos, mas eu a vi, estive com ela, acompanhei-a por este tempo, EU SEI: ela NÃO estava sofrendo!
(De mais a mais, hoje sabemos e a justiça também: há algum tempo ele já sabia onde a filha vivia com a mãe em Santos... porém, não tentou nenhum contato... ao invés, em sua ânsia midiática, ator frustrado que é, foi com um oficial de justiça interromper a filha no meio da aula, acompanhado de uma equipe da TV GLOBO! Isso é coisa de alguém que quer o melhor para a filha, ou seria uma perturbada jornada de odiosa vingança?)

Aqui fala apenas mais uma MÃE, que não pode, de coração, compreender a crueldade dos meandros burocrático-jurídicos, das sentenças que, como num passe de mágica, querem romper o vínculo sagrado que une uma mãe a seu filho. Junto-me à minha amiga na espera - já longuíssima - para que este suplício tenha logo final feliz, que se garanta o direito de Dora de falar e ver e conviver livremente com sua mãe e sua irmãzinha e todos os amigos e familiares e ao contato com a escola, o balé e toda a vidinha que tinha em Santos, que ela possa ser ouvida pela justiça sobre o caso, enfim, que ela seja devolvida a quem realmente pode amá-la, protegê-la e cuidar dela em todos os sentidos: sua verdadeira família, a mãe Dri e a maninha Miranda.

Pra quem quiser saber mais e acompanhar o caso de Dora ou apenas enviar força e vibrações positivas, sua mãe mantém este blog aqui.

4 comentários:

  1. Conheço a Adri há mais de 20 anos...eu era pequena quando um dia minha mãe olhou para Adriana e falou...cuide da minha filha....eu lembro direitinho, era a minha primeira viagem (Curitiba) que eu fazia sozinha...
    Desde esse dia, surgiu uma grande amizade, de uma adolescente com uma pirralhinha....
    A Adri é como uma irmã, já até moramos juntas..
    Tenho vivido cada dia, toda essa trajetória...sei que a Adri errou sim, mas quem não erra...? E será que esse erro foi tão grande por querer algo melhor para sua filha ?
    O que esse monstro quer com tudo isso ? O que ele está fazendo com a vida da filha dele ?
    Uma menina tão linda com um Homem tão cruel..
    Eu acredito em justiça, pode ser demorada, mas vamos conseguir e a Dora irá voltar para o mundo dela.
    Não podemos desistir nunca e sim ficar ao lado da Adri, dando força, luz e tendo fé que tudo isso será revertido e teremos a nossa Dorinha de volta....
    Ju

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  2. Também sou amiga da Dri e não me conformo com essa história toda. Meu Deus, que pai é esse que acha que está fazendo o melhor para a filha afastando-a dessa forma da mãe?

    SImone

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  3. O que é isso? Oh, mas que justiça é essa? E o acompanhamento por assistência social?

    Vou pensar em como fazer para ajudar. Cláudia

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  4. oi amoreeeeeeeeeee adoro vc muitalllllll

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