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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Carta aberta a Caco Barcellos e equipe: o caso Dorinha e as perguntas que não querem calar


Caco e equipe Profissão Repórter:

Acompanho de perto e desde o começo o caso da menina Dora Mendes Golfeto, apresentado na edição de ontem (31 de maio) do programa, e venho a público, como cidadã, profissional e mãe, questionar por que o programa se calou sobre tantas questões fundamentais.
Aparentemente, um programa “neutro”, mostrando os “dois lados”. Na prática, porém, tantas perguntas que não foram feitas (ou não se quis fazer), perguntas que ficam no ar e comprometem qualquer isenção, falam de um determinado ponto-de-vista.
Falta de informação? Decisão deliberada? O que sei é que, por conta dessas omissões ou equívocos, a matéria já nasce “viciada”.

Senão vejamos:

- Por que o pai tirou a filha da mãe, se não foi para cuidar dela?
Ei Caco, nem precisa afirmar tão veementemente que não, de jeito nenhum, que não vai dar o endereço de onde Dora mora agora.
Ora, qualquer mínima investigação de foquinha iniciante pode verificar que Dora foi levada pelo pai para morar com os AVÓS PATERNOS (José Hércules Golfeto e Ed Melo Golfeto) em Ribeirão Preto.
Antes morava com uma mãe amorosa e presente, Adriana Mendes, com quem levava uma vida absolutamente normal, boa em termos materiais e emocionais, boa escola, prestigiado corpo de balé municipal etc. Agora vive sem mãe e um pai de vez em quando, sabe-se lá quando.
Ah sim, o pai, Jonas Golfeto, deu o endereço de Ribeirão como sua nova residência... Então tá... só se for pra juiz e foca do Caco Barcellos ver!
Afinal, até o mundo mineral sabe que Jonas reside há mais de uma década em São Paulo, onde inclusive esteve em cartaz até o último dia 29 de maio com a Cia. Les Commediens Tropicales. Como assim? Mora em Ribeirão e trabalha em SP (336 km de distância)? Faz mais de 600 km diariamente? Ou, se não faz, quem cuida da filha?
Trabalhinho básico, bem básico, de checar informações. Não digo a coisa artificialmente montada pras câmeras, mas a história real, na lata, do que acontece no cotidiano de Dora: será que é mesmo este pai que está cuidando dela, levando-a à escola, participando de sua vida em todos os aspectos necessários?

- Por que não divulgar a última entrevista feita com Adriana, há poucos dias, mostrando que até hoje, quase 4 MESES depois, o pai nunca deixou a filha sequer falar ao telefone com a mãe, quanto mais encontrá-la pessoalmente?
O Profissão Reporter tinha este material e poderia ter mostrado. A cena em que ele arranca Dorinha da escola, ela chorando e pedindo desesperada pra falar com a mãe, é de cortar o coração. “Não, hoje não”, não vai falar com a mãe hoje.
Mas e depois, será que falou?
A resposta é NÃO! NUNCA MAIS!
De novo, investigaçãozinha básica, pessoal! Bastava a foquinha ter presenciado (e melhor ainda, ter registrado) a mãe ou qualquer outra pessoa tentar ligar pros telefones do pai ou da casa dos avós onde Dora mora em Ribeirão pra descobrir o que acontece.
Mas não fizeram (ou não quiseram fazer) isso, então vou falar o que acontece: faz quase 4 longos meses que qualquer telefonema de Adriana e de qualquer amigo que tente falar com Dora são sistematicamente desligados. Nada, nenhuma comunicação. Dorinha está sendo impedida de qualquer contato com a vida anterior que tinha, qualquer contato com sua mãe e sua irmãzinha de 2 anos.
Não usemos mais meias palavras, vamos dar nome aos bois: a menina está em uma espécie de cárcere, em situação de privação – ainda que numa rica casa, com zilhões de presentes e tudo o mais para garantir sua “adaptação”, ganhar uma câmera de filmar, poder usar sapatilhas de ponta (que, diga-se, não podia usar ainda em Santos, pois lá no Balé Municipal se preocupam com os pézinhos em formação e só permitem a ponta após os 10 anos...).
Ah, mas se poderia argumentar que Dora também não teve contato com Jonas todos estes anos com a mãe... Bom, uma coisa é quando a criança é impedida de ter contato como agora, outra é quando poderia ter e a criança nem queria, e não por qualquer tipo de pressão da mãe, pelo contrário: é só ver como Dorinha, sempre tão doce, tão gentil, tão educada (claro, foi a mãe quem a criou e educou!), no fim acaba indo com o pai, pra constatar que, mesmo sofrendo sistemática campanha de ódio e vingança, a mãe jamais usou a filha como instrumento dessa briga e a manteve imune a qualquer imagem negativa, qualquer fato que destruísse a figura do pai.
Tão diferente da lavagem cerebral praticada contra a mãe de Dora, com uma forcinha global, claro.

- Por que não investigar o contexto que levou à “fuga” (eu, como mãe, prefiro dizer a libertação) de Dora com a mãe anos atrás?
Uma criança de 3 aninhos que sofria alienação parental praticada pelo próprio pai, que a obrigava a só encontrar a mãe em um lugar insalubre e deprimente chamado “Visitário”? (eu sei como era, também disso sou testemunha porque lá estive visitando Dorinha, mas não gosto nem de me lembrar daquele lugar pra não ficar deprimida). Nada de encontros com a mãe em outros lugares mais alegres, nada de ir à casa da mãe, muito menos pernoitar com ela. Uma menininha de apenas 3 anos.
Sim, a mãe foi embora com ela. Mas é muito importante entender em qual contexto. Pois eu também sou mãe, e embora seja difícil especular sobre o que não se coloca de fato, sinceramente estou convencida de que, nestas condições-limite, faria o mesmo. E tenho certeza que muitas e muitas e muitas outras mães também, MÃES de verdade.
Mas esse contexto desesperador, com história do visitário etc. não interessa mostrar, porque poderia criar simpatia e solidariedade em relação ao ponto-de-vista da mãe, não é?

- Por que não contar que Jonas não só quer afastar a filha da mãe como também está tentando eliminar qualquer rastro da mãe na vida da filha, tendo pedido a “destituição de poder familiar”?
Sim, isso mesmo, ao contrário da imagem de pai bonzinho que o programa tenta construir, o ódio e a sede de vingança são tamanhos que Jonas deu entrada num pedido pra limar totalmente a mãe da vida da filha.
Gente, é chocante, atenção leitores: o nome da mãe seria inclusive retirado da certidão de nascimento de Dora! Simples assim! Apagar a existência da mãe da vida de uma criança por força de uma decisão judicial!
Acontece que um juiz de bom-senso percebeu o absurdo da situação e sumariamente extinguiu o processo, que ainda corria em SP.
Depois disso, Jonas transferiu o processo pra Ribeirão (além dele não cuidar da filha, deixando-a com os avós, o objetivo é, bem-entendido, dificultar ainda mais o contato mãe-filha e todos os trâmites judiciais) e, DE NOVO, entrou com processo pedindo a destituição do poder familiar, dessa vez na justiça de Ribeirão! Minhas deusas! É muito ódio pra uma pessoa só! Por que não mostrar isso na telinha do plim-plim?
Uai gente, óbvio, invalida a “tese” do programa!

- E aqui caímos na derradeira pergunta, não menos importante: por que tanto empenho em demonstrar a suposta isenção e neutralidade do programa?
Há claramente “teses”, baseadas em pressupostos cristalizados, a serem demonstradas – e tudo bem superficialmente, em 30 minutinhos. Nada é neutro por aqui. Comovente e um tanto patético o esforço da repórter Gabriela Lian pra “não tomar partido”. Gabriela é quase uma “veterana” da equipe de Caco, há 4 anos no programa. É inevitável que seja preservada pelo chefe de eventuais questionamentos ao seu comportamento ético. Porém, as perguntas se acumulam: por que Gabriela esconde o fato de que já conhecia Jonas, são “amiguinhos de Facebook” e tudo? Ou de que, como ele, também é de Ribeirão Preto? De que os pais dele, como os dele, também são da área de psiquatria (pai) e psicologia (mãe)? Nossa, quantas coincidências, não? Ah, nada disso coloca em cheque seu trabalho como repórter... será mesmo que não? Então aqui vai mais uma perguntinha até agora sem explicação: o que Jonas e Gabriela faziam, sobre o que conversavam, em um restaurante paulistano na semana passada? Fato testemunhado por duas pessoas dispostas a afirmá-lo em juízo?

São muitas perguntas, muitas omissões, muitos equívocos, muitos fatos fundamentais silenciados.
Um silêncio ensurdecedor.
É possível enganar poucos por um tempo, mas não é possível enganar todo mundo o tempo todo.

Em nome de Dorinha e de sua mãe, nunca vamos nos calar frente à disseminação da mentira.

A verdade prevalecerá.

Assina esta carta aberta:
Gabriela Cunha - cientista política e gestora governamental, e mãe da Inaê (1 ano e 3 meses)
Brasília, DF

Foto: eu com Dorinha e sua irmãzinha Mimi - Baixada Santista - dezembro 2010

Para conhecer mais sobre a verdade do caso Dora e a história real de uma MÃE, vejam:

14 comentários:

  1. Recebi tua solicitação e li conm calma tudo o que está aqui....continuo com a mesma opinião e acho que a menina deve continuar com o pai, pois nada justifica o crime que a mãe cometeu e se ela está sofrendo hoje.....pensasse nisso antes de fazer o que fez por todos esses anos para a familia parterna. Não apoio ela nem antes muito menos agora depois de ler isso. Crime não justifica amor ou Amor não justifica um crime...péssimo exemplo de mãe, essa menina terá. Melhor ter um pai ausente do que uma mãe que ensina que se vc amar muito pode ir contra as leis.

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    1. Uma pena lamentável vc ter escrito toda essa baboseira e o que é mais lamentável ainda, não expor realmente quem tu é, visto que nem seu nome vc coloca aqui. De qual crime vc esta alegando? Ah sim, a de uma mulher que infelizmente se envolveu comum crápula e que por razão de confiança, teve uma relação sexual ao qual gerou Dora, uma menina que eu acompanhei de perto seu crescimento e desenvolvimento social e intelectual e visto que sua mãe também é uma pessoa com um alto nível intelectual, diferente desse ser humano (se é que podemos chamá-lo assim), por não ter sucesso naquilo que se dedica a fazer, buscou com uma jornalista que faz parte da equipe do até então Jornalista exemplar (Caco Barcelos o que para mim perdeu toda sua credibilidade, por falta de isenção aos fatos), criando um circo televisivo, expondo uma menor de maneira grotesca à câmera de uma emissora manipuladora de noticias, não se importando com o choque que ela teve ao ser retirada da sua escolinha, chorando, implorando por sua mãe. Amigo (a) (acredito que seja homem, pq quem é mãe não postaria uma merda dessas), analise mto bem as questões, para depois dar sua opinião.

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  2. Anônimo acima: É uma coisa da natureza: opinião e cu, tudo mundo tem. (perdoe a fineza) Já coragem pra se identificar pruma saudável troca de idéias, nem todos.

    Na verdade, acho que você é o jonas... ;)

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  3. Noooosssa!!! Que anônimo imparcial!!!kkkkkkkkkkkkkkkk.....
    Pois saiba anônimo que Jonas não é um pai ausente, pois não pode ser chamado de pai, por isso tudo que escreveu Gabriela, que apenas retratou perfeitamente a REALIDADE que muuuuita, muuuuita gente conhece!!Além de tudo isso que faz essa menina linda sofrer, ainda um cara, que se diz seu pai faz aquele tipo: de "preocupado com a imagem da filha" com um microfone na gola para registrar o sofrimento da menina... definitivamente, meu conceito de PAI é outro....

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  4. Ô, Jonas, ops!, Anônimo, mostre a sua cara para podermos ver o seu grau de imparcialidade, antes de qualquer coisa!
    Respeitar determinações de juízes que se julgam deuses, que nem se deram ao trabalho de ver a criança? Que confiaram no que um %#*&#@ disse? Ora, ora...
    Vc não deve ser nenhum ET, portanto sabe o quanto nossa "JUSTIÇA" falha!
    Se o guardião de Dorinha fosse apenas um PAI ausente, teria menos pena dessa criança. Mas, não... Ele além de tudo é mau, egoísta, vingativo, frio, caculista... Um pai poria a filha em primeiro lugar! Um pai JAMAIS quereria expor a filha num momento tão dramático de sua vida!

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  5. Concordo com o anônimo. Fugir com filha, o erro foi dela primeiro e o resto é só consequencia da atitude errada DELA. Vai saber o que essa mulherzinha falou pra criança, quando ela era pequena...

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    1. Senhor (a), antes de mais nada, tome mto cuidado ao se referir a uma pessoa que tu não conhece!!! Essa mulherzinha é mto ofensivo e que nos faz acreditar que tu deve ser ou amiga ou até mesmo o babaca do Jonas, escrevendo. Só de digo uma coisa, cuidado que poderá ser rastreado pelo IP da maquina que utilizou e saiba que quem curte dente estragado é dentista!!!!

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  6. O Jonas é uma grande farsa...vingativo...sem escrupulos...vive dando oficinas de "teatro" por ai, inclusive em finais de semana, quando deveria estar com a filha, frio, calculista, uma pessoa negativa, tenho dó dessa criança convivendo com um cara desses.Ele pouco esta se importando com a filha, ele só quer vingança, filhinho de papai mediocre.

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  7. Cara, todo Alienador e COVARDE . E tem trates na personalidade de psicose.Filho nao e de ninguem, querer a posse e vingança do outro genitor, pq doi, doi e doi. doi mais que arrancar um braço sem anestseia. a Dora tem o direito de ter um pai E UMA MAE. POR QUE TIRAR ISSO DELA?
    avos? sao cumplices e desiquilibrados , pois meus pais jamsis deixariam minha filha sem pai.
    Deborah. mae da Carolina Alienada em 2004 e ajustiça continua igual ne maezinha infeliz !

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  8. Difícil saber do que somos capazes de fazer quando confrontados com situações como a que a Adriana passou com Dora no Visitário, especialmente se essas situações têm a ver com nossos filhos.É muito fácil julgar o outro... Você, que lê estas palavras neste momento: o que será que você faria?Quer saber o que eu faria?EXATAMENTE o mesmo.

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  9. Nem consigo responder o que faria, só vem ao meu coração sentimentos horríveis!!! Lembro daquela mãe que viu seu filho se afogando e se jogou na água para salvá-lo, mesmo sem saber nadar...é isso morreria e mataria pela minha filha.

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  10. Essa menina é a mesma que ficou perdida em uma favela do Rio, quando
    estava com a mãe?

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  11. Nessa briga, a Dora é única inocente.

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