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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Casa Nesguinha em Itacaré

E após um breve interlúdio no Pé da Serra Grande, chegamos à terceira etapa da viagem, para uma temporada em Itacaré. Eu não conhecia este famoso destino turístico do sul da Bahia, e confesso que me surpreendi e acabei me rendendo a seus encantos!

Mesmo com sinais daquele tipo predador de turismo, a cidadezinha ainda mantém certa aura da adorável vila de pescadores que deve ter sido décadas atrás. O bairro da Concha, apesar de concentrar a maior parte das pousadas eco-chiques e restaurantes descolados, mantém as ruaszinhas de terra, que até agora resistiram a serem paralelepipedadas (até quando, não se sabe) como o centrinho da cidade.
 
Foi na Concha, logo na rua de trás da orla, que encontramos nossa nova casinha, um chalézinho pra lá de simpático, com muito, muito verde, e pé de graviola, jenipapo, açaí, banana, mamão, pitanga...
Aqui temos direito a visitas de beija-flores e outros pássaros, micos, sapinhos, lagartixas, aranhas (e mosquitos, claro). E até uma gatinha que lembra muito a querida Frida, dos avós de Brasília.
Ter jardim é tão delicioso, né? Tem dia que nem precisa sair de casa pra se divertir!

E nossos vizinhos? Um casal de bascos super-gracinha, Ainhoa e Aitor, com sua doce cadela de três patas Sira, que adora brincar de jogar coco com Inaê – e vice-versa.

Aqui em Itacaré recuperamos plenamente nossa vida bicicletal, que andou bem estagnada em Olivença, não só porque aquilo lá era um ovo que valia mais atravessar a pé, mas também porque a rodovia estadual que corta a vila intimidava pegar a bici pra ir pras praias.

E falando de praias, aliás... quanta diferença! Saindo das praias bem sem gracinha do sul de Ilhéus – além de tudo desfavorecidas pela época das chuvas de julho e agosto, que deixam o mar meio amarronzado e os dias cinzentos até quando o sol aparece –, por aqui voltamos a ver as praias lindas que tornam o sul da Bahia tão cobiçado. Na minha primeira impressão até aqui (e vejam que não conheci quase nada), mais lindas do que as de Arraial ou Barra Grande (Maraú), pra citar outras famosas.

Até a praia mais “urbana”, a pequenina praia da Concha, já me encantou de cara, com atrativos que aprecio numa praia, como o mar calminho (por ser uma baía), bom pra deixar a Inaê bem livre, e muita vegetação típica de mata atlântica, com árvores de chapéu-de-sol e outras, em vez daquelas praias só com coqueiros.

Ainda no raio muito próximo, facilmente acessível a pé ou de bici, as lindas praias do Rezende e Tiririca, tudo pico de surfista, de mar bem revolto mais no fundo, mas que podem ser ótimas pra criança na maré baixa, quando se formam lindas piscinas naturais cheias de peixinhos e o mar fica daquele azul-esverdeado que sempre sonhei encontrar aqui na Bahia e ainda não tinha visto. E ainda, a divertida praia da Ribeira, também ótima pra ir com criança pequena, porque dá pra alternar o banho de mar com um delicioso banho no rio rasinho e clarinho.
Indo pras praias consideradas mais "rurais", como Prainha, Engenhoca ou Itacarezinho, aí é pé na trilha, ou chegar de carro, ou as duas coisas.
E a Inaê se revelou uma grande trilheira!

Em Itacaré também voltamos a cozinhar em casa, e tenho gostado muito disso. A temporada dos almoços na Oca foi legal, mas é muito bom poder cozinhar a própria comida. O Nes também se aventura a fazer pães e eu sempre reinvento alguma receita de bolo, e agora também pão de queijo - sempre com nossa ajudante preferida.
 
Enfim, os assuntos se acumulam na pauta desse bloguinho, e assim nem deu pra falar mais do que inicialmente nos trouxe até Itacaré, que foram os contatos com o pessoal da Casa do Boneco, que integra a Rede Mocambos, e agora em setembro promoveu um encontrinho de crianças. Mas isso fica prum próximo post!

Abaixo, mais um mosaico de registros da nova temporada.
 

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