Imagens costumam dizer mais do que palavras, então peço apenas que olhem com atenção estas fotos: nelas enxergarão diversão, afeto, amor e muita felicidade. Vejam a carinha da Dora: uma menina saudável, risonha, falante, e muito, muito apaixonada pela mãe e pela irmãzinha 7 anos mais nova...
Acontece que Dorinha não convive mais com sua mãe e sua irmã. Faz quase 2 meses que ninguém, nem sua mãe, consegue sequer falar com ela, por telefone, quanto mais saber onde está para visitá-la.
Para a justiça (com j minúsculo mesmo),
Para mim, porém, não há meias palavras: Dora está cativa, incomunicável, afastada à força e contra a vontade dela de sua mãe, que tudo sacrificou por ela, e de sua irmãzinha que com ela
Há 4 anos e 5 meses, nossa amiga fez um ato desesperado de uma MÃE que estava vendo a filhinha de apenas 4 anos definhar pela separação forçada que lhes tinha sido imposta pelo guardião, imune a qualquer tipo de negociação, que impedia a mãe de conviver com a filha e lhes permitia o contato apenas em um horrível lugar público chamado "visitário" -
Adriana deixou pra trás sua vida de jornalista bem-sucedida, seu apartamento próprio, sua casa na praia, e tudo mais que tinha construído até ali, e foi embora com Dora.
Uma escolha radical, sem dúvida. Mas não entro aqui em méritos jurídicos, em juízos de "certo/errado". Difícil saber do que somos capazes de fazer quando confrontados em situações-limite, especialmente se elas têm a ver com nossos rebentos que abrigamos no ventre, acalentamos, nutrimos. Você, que lê estas palavras neste momento: o que será que você faria?
Pra mim, o que importa mesmo é que a Dora de hoje é a prova provada de que foi MUITO bem criada e cuidada por sua mãe todos estes anos: educadíssima, super-inteligente, melhor aluna da escola e do balé, saudável, alegre, segura, AMADA. Eu me questiono seriamente: seria esta mesma encantadora Dora tivesse sido privada do convívio com sua inteligente e admirável mãe nestes que foram os anos cruciais de formação de sua personalidade?
É certo, ele não pôde conviver com ela todos estes anos, mas eu a vi, estive com ela, acompanhei-a por este tempo, EU SEI: ela NÃO estava sofrendo!
(De mais a mais, hoje sabemos e a justiça também: há algum tempo ele já sabia onde a filha vivia com a mãe em Santos... porém, não tentou nenhum contato... ao invés, em sua ânsia midiática, ator frustrado que é, foi com um oficial de justiça interromper a filha no meio da aula, acompanhado de uma equipe da TV GLOBO! Isso é coisa de alguém que quer o melhor para a filha, ou seria uma perturbada jornada de odiosa vingança?)
Aqui fala apenas mais uma MÃE, que não pode, de coração, compreender a crueldade dos meandros burocrático-jurídicos, das sentenças que, como num passe de mágica, querem romper o vínculo sagrado que une uma mãe a seu filho. Junto-me à minha amiga na espera - já longuíssima - para que este suplício tenha logo final feliz, que se garanta o direito de Dora de falar e ver e conviver livremente com sua mãe e sua irmãzinha e todos os amigos e familiares e ao contato com a escola, o balé e toda a vidinha que tinha em Santos, que ela possa ser ouvida pela justiça sobre o caso, enfim, que ela seja devolvida a quem realmente pode amá-la, protegê-la e cuidar dela em todos os sentidos: sua verdadeira família, a mãe Dri e a maninha Miranda.
Pra quem quiser saber mais e acompanhar o caso de Dora ou apenas enviar força e vibrações positivas, sua mãe mantém este blog aqui.